Convidamos a tod@s a participar e manifestar solidariedade a esta importante luta!
Data: 27 de junho
Hora: 12h00
Local: Largo do Pará
10ª Parada do Orgulho LGTTB
Neste domingo, a partir das 12h00, no Largo do Pará, haverá a 10ª Parada do Orgulho LGTTB em Campinas. A expectativa é reunir mais de 100 mil pessoas para comemorar o Dia do Orgulho Homossexual e nós, do Instituto Voz Ativa, organizaremos uma barraca para divulgar nosso trabalho e manifestar nossa solidariedade a esta luta.
A Parada mais uma vez reforça a luta contra a Homofobia e tenta dar visibilidade e denunciar o preconceito e violência vivida por esta população. Inclusive, foi conquistado em Campinas pela Lei nº 13.285, de autoria da ex-vereadora Marcela Moreira (PSOL), que o dia 17 de maio é o Dia Municipal de Luta contra a Homofobia, para ajudar em ações que promovam o direito a livre orientação sexual, bem como dar visibilidade as lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT). Historicamente, no dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade do rol de enfermidades, sendo que até então era considerada como doença ou perversão. O referido ato reconheceu que a homossexualidade é um estado mental tão saudável quanto a heterossexualidade, sendo um dos mais importantes marcos para o avanço da cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
Aqui no Brasil como em vários outros países, a data é oportunidade para fazer com que sociedade civil e governos olhem com mais atenção a questão, já que todos os dias homossexuais são agredidos física e moralmente por serem quem são. Vale lembrar que ainda hoje 76 países criminalizam a homossexualidade e que altos números de assassinatos de pessoas LGBT, assim como a maneira como a homossexualidade é tratada por igrejas das mais variadas denominações, os suicídios de jovens gays não aceitos em casa ou na escola e a não garantia de direitos civis.
Só no Brasil, são cerca de 78 direitos a que o cidadão homossexual simplesmente não tem acesso, boa parte deles decorrente da não permissão para o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A situação é preocupante e demanda participação ativa de todas as pessoas, gays ou não, para a construção de uma sociedade sem cidadãos considerados de segunda classe.
Não dá para esquecer que o PLC 122, projeto de lei que criminaliza a homofobia, está emperrado há anos em Brasília. se engajar seriamente em colocar o Brasil ao lado de países que enxergam os LGBT como pessoas iguais a todas as outras.
Promover ações é de fundamental importância quando consideramos o atual quadro de violência e discriminação contra esta população. Segundo pesquisas realizadas pelo Prof. Luiz Mott, antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), no ano de 2002, 126 (cento e vinte e seis) homossexuais foram assassinatos. No período de 39 anos (1966 a 2002), 2.218 homicídios foram cometidos no Brasil. Já o número de travestis e transexuais mortos entre 1970 e 2004 é de 640, entre estes, 315 apenas nos últimos 8 anos. Número que representa apenas a ponta do iceberg deste quadro de violência e discriminação, já que muitos casos não são registrados nem pela polícia e nem pelos grupos de militância. No ranking dos estados que mais matam travestis e transexuais estão: São Paulo em primeiro lugar, Pernambuco em segundo e Paraná em terceiro.
Além disso, segundo dados fornecidos pela Unesco, com alunos do ensino fundamental e médio, 39,4% dos entrevistados do sexo masculino e 16,5% do sexo feminino não gostariam de ter homossexuais como colegas de classe, enquanto entre pais de alunos do ensino fundamental e médio, verificou-se que 41,5% dos homens declararam que não gostariam que homossexuais fossem colegas de classe dos filhos, em Fortaleza-CE, 6,8% dos professores não gostariam de ter homossexuais como alunos.
domingo, 27 de junho de 2010
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